Uma moleza atinge meu corpo. A pressão desce. Os pensamentos passam devagar pela cabeça.
Todo dia às 13h eu deixo de ser gente.
É inevitável. Não tenho força nas minhas fibras para lutar contra a moleza.
Eu nunca cedo de primeira, gosto de me fazer de difícil. Tento me manter firme, olhos bem abertos, cabeça erguida, xícara de café. Nada funciona.
A moleza sabe que eventualmente vai conseguir me pegar, é questão de tempo.
Diferente de mim, ela tem paciência. Por isso é tão perigosa, ela não desiste fácil.
Pacientemente, ela aguarda no canto do meu quarto o meu primeiro deslize para tomar conta de vez de todo o meu corpo.
De repente, tudo é macio. A cama, os travesseiros, a coberta, meu cabelo e minha pele. Eles me convidam a desfrutar o prazer que é se jogar sem medo em uma deliciosa soneca.
A cama pequena se torna uma nuvem infinita. A luz do sol entrando pela cortina é terna e maternal. O barulho dos pássaros no telhado se torna a canção de ninar perfeita.
Uma soneca da tarde.
Chega a arrepiar os pelos do corpo. Sonequinha da tarde. Que mimo, que luxo, que deleite! Uma boa soneca e um copo de água não se negam a ninguém!
O olho já pesado implora por um travesseiro. O corpo, com frio, aguenta uma cobertinha em pleno dezembro.
Nada é tão urgente que não possa ser resolvido depois da sonequinha da tarde!
Quem sabe um cochilo de meia hora não vá fazer mal… Depois termino esse texto, agora bateu uma moleza!
Coisas que amei essa semana
Arcane segunda temporada. A série é tão boa que quase me faz sentir vontade de jogar LOL. Quase….
Corrida das Blogueiras Uma Nova Chance. Só assisto pelos reacts da Jenny, bom demais!